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Referências Bibliográficas

·  NOVAES, Sylvia Caiuby.  Jogos de Espelhos: Imagem da representação de si através dos outros. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1993.

·  -----------. As casas na organização social do espaço Bororo. In: ------ (Org.) Habitações indígenas. São Paulo: Nobel; Edusp, 1983.

·  -----------. Funerais entre os Bororo: Imagens da refiguração do mundo. Departamento de Antropologia FFLCH/USP, 2005.

·  ALBISETTI, Cesar; VENTURELLI, Angelo Jayme. Enciclopédia Bororo. Volume 1. Campo Grande: Instituto de Pesquisas Etnográficas, 1962.

·  ----------. Enciclopédia Bororo. Volume 2. Campo Grande: Instituto de Pesquisas Etnográficas, 1962.

·  BLOEMER, Neusa Maria. Itága: alguns aspectos do funeral Bororo. São Paulo: USP, 1980.

·  BORDIGNO, Mário. Os Bororo na história do Centro Oeste brasileiro. Campo Grande: Missão Salesiana de Mato Grosso, 1986.

·  DAVID, Aivone Carvalho Brandão. Tempo de aroe: simbolismo e narratividade no ritual funerário Bororo. São Paulo: PUC, 1994.

·  OLIVEIRA, Sônia Grubits Gonçalves de. Bororo: identidade em construção. Campo Grande: Cecitec, 1994.

·  VIERTLER, Renate Brigitte. Aroe j`Aro: implicações adaptativas das crenças e práticas funerárias Bororo do Brasil Central. São Paulo: USP, 1982.

·  -----------. A refeição das almas: uma interpretação etnológica do funeral dos índios Bororo, Mato Grosso. São Paulo: Hucitec/Edusp, 1991.

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Museu do Índio

http://www.museudoindio.gov.br/

Programa Povos Indígenas no Brasil – ISA

https://www.socioambiental.org/pt-br/o-isa/programas/povos-indigenas-no-brasil

Povos Indígenas no Brasil | ISA - Instituto Socioambiental

www.socioambiental.org

Série Antropologia – Departamento de Antropologia - UnB

http://dan.unb.br/dan-producaocientifica/serieantropologia

Serie Antropologia - Revista da UNB

dan.unb.br

Núcleo de História Indígena e do Indigenismo da USP
http://www.usp.br

Centro de Trabalho Indigenista

https://trabalhoindigenista.org.br

Centro de Trabalho Indigenista - CTI

trabalhoindigenista.org.br

 

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O Morimbundo

O Morimbundo

O Morimbundo – O enfeite do Corpo PRIMEIRA ETAPA

A morte para um indivíduo bororo é experimentada por ele antes mesmo de acontecer de fato. Quando não ocorrida de forma repentina, como consequência de uma doença, por exemplo, o prognóstico do fim próximo, realizado por um xamã, faz com que o ritual fúnebre se inicie dias antes do evento propriamente dito.

Uma vez previsto o tempo em que decorrerá a morte, a alimentação do doente é suspensa e ali já são iniciadas as primeiras atividades do funeral. Todo o seu corpo é revestido com tinta de urucum e enfeitado com penas e plumas. A partir daí, como nos preparativos de uma festa, são iniciados longos cânticos que se estenderão por todas as fases do extenso ritual fúnebre.

Ao analisar cuidadosamente a maneira de lidar com a morte na cultura Bororo, percebe-se como se dá a consciência dos processos de transformação daquele povo.  Viver ritualisticamente cada uma das etapas de um processo é uma forma de controlá-lo, de tomar consciência, de atribuir a ele significado.

Tendo em vista que aquele indivíduo passará pelo estágio de transformação material para alcançar o seu lugar na aldeia dos mortos, ele deverá ser preparado concretamente para os processos de desfiguração pelos quais passará. Sendo assim, o enfermo será esteticamente manipulado de forma a enfatizar as características de seu pertencimento clânico, ou seja, enfatiza-se aquilo que deve desaparecer.

Vale ressaltar que, apesar de impostas, as mudanças são aceitas pacificamente pelo doente, que se comporta de maneira a não contestar ou lutar contra as definições ali colocadas.

Os cabelos do indivíduo são cortados de modo tradicional, o corpo é untado com urucum, pinturas ornamentam o rosto, e os adornos plumários são dispostos de forma a seguir os padrões característicos do clã ao qual pertence.

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O Morimbundo

O Morimbundo

O Morimbundo – O enfeite do Corpo

A morte para um indivíduo bororo é experimentada por ele antes mesmo de acontecer de fato. Quando não ocorrida de forma repentina, como consequência de uma doença, por exemplo, o prognóstico do fim próximo, realizado por um xamã, faz com que o ritual fúnebre se inicie dias antes do evento propriamente dito.
Uma vez previsto o tempo em que decorrerá a morte, a alimentação do doente é suspensa e ali já são iniciadas as primeiras atividades do funeral. Todo o seu corpo é revestido com tinta de urucum e enfeitado com penas e plumas. A partir daí, como nos preparativos de uma festa, são iniciados longos cânticos que se estenderão por todas as fases do extenso ritual fúnebre.
Ao analisar cuidadosamente a maneira de lidar com a morte na cultura Bororo, percebe-se como se dá a consciência dos processos de transformação daquele povo.  Viver ritualisticamente cada uma das etapas de um processo é uma forma de controlá-lo, de tomar consciência, de atribuir a ele significado.
Tendo em vista que aquele indivíduo passará pelo estágio de transformação material para alcançar o seu lugar na aldeia dos mortos, ele deverá ser preparado concretamente para os processos de desfiguração pelos quais passará. Sendo assim, o enfermo será esteticamente manipulado de forma a enfatizar as características de seu pertencimento clânico, ou seja, enfatiza-se aquilo que deve desaparecer.
Vale ressaltar que, apesar de impostas, as mudanças são aceitas pacificamente pelo doente, que se comporta de maneira a não contestar ou lutar contra as definições ali colocadas.
Os cabelos do indivíduo são cortados de modo tradicional, o corpo é untado com urucum, pinturas ornamentam o rosto, e os adornos plumários são dispostos de forma a seguir os padrões característicos do clã ao qual pertence.

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Em todo o país, professores e estudantes, especialmente da Educação Básica, concentram a lembrança da forte e incontornável ancestralidade indígena dos brasileiros em abril de cada ano, mais precisamente em torno do dia 19 de abril, quando é celebrado o Dia do Índio.

E por que essa data? Em 1940, foi realizado no México o I Congresso Indigenista Interamericano, no qual iriam ser discutidos assuntos referentes à qualidade de vida dos índios. Os próprios indígenas também foram convidados a participar do Congresso, mas como estavam acostumados a serem desrespeitados, preferiram não participar.

Após alguns dias, os Índios entraram em um acordo e decidiram que iriam participar do Congresso, já que lá seriam discutidos problemas que diziam respeito a eles.

A data em que foi tomada esta decisão tão importante era 19 de abril. Por este motivo, em 1943, Getúlio Vargas, que foi presidente do Brasil de 1930 a 1945, decretou que o dia 19 de abril seria dedicado à celebração da cultura indígena no Brasil.

Por ocasião da data, é comum encontrar nas escolas comemorações com fantasias, crianças pintadas, música e atividades culturais que mitificam o índio, que o caricaturam. No entanto, especialistas questionam a maneira como algumas dessas práticas são conduzidas e afirmam que, além de reproduzir antigos preconceitos e estereótipos, não geram aprendizagem alguma.

A Lei 11.645/08 inclui a cultura indígena no currículo escolar brasileiro e é perfeitamente possível incluir esta temática no planejamento de aulas  História, de Língua Portuguesa e de Geografia. Há, certamente, muitas formas de trazer esta temática para a sala de aula, e não apenas no âmbito das disciplinas citadas, de modo coerente com a realidade e com a história, sem que se mitifique a figura do indígena, com atividades cujo único foco é vestir as crianças com cocares ou pintá-las e sem que se reproduza preconceitos em sala de aula, mostrando o indígena como um ser à parte da sociedade, que anda nu pela mata e vive da caça de animais selvagens.

O Brasil tem ainda cerca de 230 povos indígenas, que falam cerca de 180 línguas. Cada etnia tem sua identidade, rituais, modo de vestir e de se organizar. De modo geral, todas enfrentam graves problemas para continuar existindo.

A fim de subsidiar professores e estudantes na abordagem didática de um desses povos, esta exposição virtual é dedicada a um dos rituais capitais do povo Bororo, os índios que habitavam toda a Região Centro-Oeste do Brasil, atualmente confinados em reservas, sobretudo em Mato Grosso. O termo Bororo significa, na língua nativa Boe Wadáru, pátio da aldeia, o que remete à tradicional disposição circular das casas de suas aldeias, formando um pátio central que é o espaço ritual desse povo, caracterizado por uma complexa organização social e pela riqueza de sua vida cerimonial sem igual.

Aqui, o professor terá um ponto de partida vigoroso para, em seguida, buscar conhecimentos mais amplos para o estudo desse povo e na condução de seus alunos no conhecimento de uma cultura rica, viva e tão brasileira quanto todas as demais culturas que coabitam neste imenso país e que constituem uma de suas maiores riquezas.

 

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